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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Salvador Dali

A obra “A Persistência da Memória” foi assim nomeada devido ao fato de ser dificilmente esquecida. Segundo Dalí, as formas e cores de sua composição ficam gravadas na memória até mesmo de quem a observou apenas uma vez.

Os relógios flácidos foram idealizados por Dalí após jantar uma porção de queijo camembert, caracterizados por possuir consistência cremosa. Porém, o propósito de Dalí não foi o de persuadir pessoas a comerem relógios; eles conotam dois significados distintos: primeiramente, a relatividade do tempo e espaço (ambos maleáveis), característica notada também na marcação das horas, distinta nos três relógios, e na mosca pousada em um deles, indicando que “o tempo voa”. E subliminarmente, o contraste entre macio e duro, indicando impotência e erotismo, respectivamente. Podemos ver então a influência da teoria freudiana nas obras de Dalí, como seus estudos sobre instintos, onde estes seriam canais através dos quais a energia pudesse fluir. Essa energia seria aproveitável para os instintos de vida. "Sua produção, aumento ou diminuição, distribuição e deslocamento devem propiciar-nos possibilidades de explicar os fenômenos psicossexuais observados" ( 1905a, livro 2, p. 113 na ed. bras.).

As formigas representam decadência, e o ato de atacar o relógio como se este fosse um produto orgânico é outro sinal da sexualidade inserida na obra, onde estas buscam saciar os instintos citados acima.

Como em muitas obras, o rosto de Dalí está presente na pintura, sendo destacado no fundo preto.

O azul do céu e a cor de areia das rochas contrastam com o resto da figura. As linhas não seguem padrões estéticos nem direções significativas, traço marcante no surrealismo.


Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/arts/1955638-an%C3%A1lise-persist%C3%AAncia-da-mem%C3%B3ria-salvador/#ixzz1Xkjl9JKp

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